A bancada do PS absteve-se na votação dos documentos mas António Quelhas não esconde alguma preocupação com o assunto. O vereador da oposição refere que “nós em dois anos estamos com um aumento na nossa água na ordem dos nove por cento e eu estou preocupado com isto até porque uma das medidas que temos no PAEL como redução de despesa é a diminuição dos custos de água em alta, o município está numa dinâmica de receber mais verbas pela renegociação do contrato e a manter-se este cenário temos os fundanenses, dentro de alguns anos, a pagarem a água mais cara do país se se mantiver este regime de crescimento”.
Na resposta o presidente da câmara do Fundão sublinha que o valor deste aumento foi calculado com recurso a uma fórmula da entidade reguladora para o sector e já teve em conta a renegociação do contrato de concessão que actualmente está a decorrer. Paulo Fernandes refere que, em virtude dessa situação “chegámos a um acordo para que este quadro de actualização não fosse retroactivo; ele vai apenas dizer respeito a partir do dia um de Julho até ao final do ano sem existirem quaisquer outros encargos para os consumidores que é um bom sintoma para todos; como estamos em processo de alteração de contrato nós pedimos isso e houve um entendimento em relação a isso e muito embora os aumentos normalmente digam respeito a todo o ano contabilístico neste caso ele apenas irá incidir no segundo semestre deste ano e sem qualquer retroactividade”.