Para Daniel Serrão, um dos oradores desta sessão, é preciso sabre compreender o que leva as pessoas a escolher morrer: “é possível controlar os factores que levam a pedir as pessoas para morrer. Mas respeito que o faça, só que não sou a favor da eutanásia em nenhuma situação.”
Para o médico e professor, são três, os factores que levam os doentes a pedir a eutanásia: “a dor física, a solidão, e para quem perde os projectos de vida, como é o caso dos tetraplégicos, que é mais difícil, mas tem de voltar a incutir o gosto pela vida.”
Para Lourenço Marques, director do serviço de medicina paliativa no hospital do fundão, antes de pensarmos em eutanásia devemos melhorar nos cuidados que as pessoas que estão morrer devem ter: “se investirmos nos cuidados paliativos é possível dar qualidade a esta fase de vida, e os doentes abandonam a ideia de morrer.”
Um tema que encheu por completo o auditória da biblioteca municipal da Covilhã. A iniciativa vai voltar no próximo mês com o debate sobre o novo acordo ortográfico.