Vítor Pereira é a favor da reorganização, mas "uma coisa é reorganizar a régua e a esquadro, sem conhecer o país, em particular o interior" e outra é falar com os autarcas. "Porque só quem não vive no interior, só quem não conhece o interior do nosso país, é que pode encerrar freguesias com base no número de pessoas que lá vivem", acrescentou
O líder do PS refirmou que o interior precisa "de um apoio específico".
"Há muita gente que olha para o interior como se fosse um fardo, um encargo. Há pouca gente e, portanto, se calhar o melhor até era encerrar o interior. Nós, que aqui nascemos ou que aqui vivemos, sabemos que não é assim", declarou.
António José Seguro afirmou que o interior "é uma oportunidade, se houver políticas públicas que ajudem a criar condições para que a inteligência, o trabalho e a dedicação" possam ser "colocados à disposição desta terra e desta gente".
Para o secretário geral indicou que o PS tem "uma sensibilidade diferente para o interior" e, nos governos de António Guterres e de José Sócrates, o interior do país "avançou", lembrando duas "marcas fundamentais" para a cidade onde discursava: a autoestrada A23 (Guarda/Torres Novas) e a Faculdade de Medicina.
"Este país não terá futuro se o interior também não tiver futuro, porque não há um país de litoral e um país do interior. Há um só país porque só há um povo português que merece ter as mesmas oportunidades", afirmou.
Em Belmonte, na apresentação do candidato socialista à presidência da câmara, António Dias Rocha ,o secretário-geral anunciou que o PS vai apresentar, em breve, uma proposta para que o Estado faça a atualização dos valores das casas para baixar o IMI (imposto municipal sobre imóveis)., que garantiu "é uma proposta muito simples e justa".
A revisão dos valores dos imóveis, de acordo com os valores de mercado, iria diminuir o imposto e "melhorar um pouco que seja a vida dos portugueses", disse António José Seguro.