O último salário que as trabalhadoras receberam diz respeito ao mês de Março e desde então que a administração invocou dificuldades económicas para não liquidar os vencimentos. No passado dia 11 de Junho, sete trabalhadoras decidiram avançar para a rescisão dos contratos e mostram-se muito apreensivas com esta situação. Natália Afonso, uma das trabalhadoras refere que "foi-nos dito que os salários não eram pagos porque havia clientes que também não pagavam, mas o queé certo é que nós soubemos que houve pagamentos e também houve dinheiro para constituir uma nova empresa".
A trabalhadora garante que as sete funcionárias não vão baixar os braços em defesa dos seus direitos "para além dos nossos salários também nunca recebemos os subsídios de 2011, 2012 e 2013 e por isso vamos lutar em defesa daquilo que nos pertence".
Liliana Raposo, outra das trabalhadoras, não poupa nas críticas à administração da empresa em todo este processo "sempre trabalhamos e cumprimos com o que nos pediram e para mim esta situação acabou por ser uma surpresa; pensavamos que estavamos a trabalhar para pessoas honestas e afinal parece que não é esse o caso".
Durante a tarde de ontem houve vários momentos de altercação durante a retirada de equipamentos do interior da fábrica. A RCB já tentou contactar a administração da “Panivoro” mas até agora sem êxito.