Segundo o presidente da Associação Nacional de Produtores de Cereais, Portugal produz apenas 17% dos cereais que consome, e apesar do país conseguir fazer melhor, continua a importar mais de 80% dos cereais, em boa parte pela dificuldade de concentração “temos que aumentar a produtividade e para isso precisamos de trabalhar melhor, mais unidos, temos produtos de valor de valor acrescentado, as indústrias gostam imenso dos cereais produzidos em Portugal mas é uma questão de neste sector os agricultores trabalharem mais juntos”, explica Bernardo Albino.
É assim nos cereais mas também na horto fruticultura. Segundo o vice presidente da Portugal Fresh, outro dos oradores convidados, apenas 21% das frutas e legumes são comercializadas por organizações de produtores. Uma percentagem que retira competitividade ao país “nós em Portugal temos um problema cultural, passamos desde há seis anos de 10% de comercialização de frutas e legumes através de organizações de produtores, para 21% neste momento, mas continuamos muito longe de países como a Áustria, Holanda ou Bélgica em que o nível de organização é superior a 75%”. Segundo Gonçalo Andrade o sector horto frutícola é responsável por 30% da empregabilidade do sector agrícola.
A relação entre agricultura e o emprego foi o tema abordado pelo secretário de estado da tutela que encerrou a conferência e apontou a Cova da Beira como um exemplo de como a agricultura pode ser um sector importante no desenvolvimento económico e fixação de pessoas. O secretário de estado do emprego recorda uma das vertentes do programa Impulso Jovem destinada à agricultura “trata-se de um passaporte emprego agricultura destinado a jovens entre os 18 e os 35 anos”. recordou o secretário de estado do emprego no encerramento da 6.ª conferência Primavera promovida pelo Jornal do Fundão nas instalações da escola profissional.