O documento foi apresentado pelo eleito do Bloco de Esquerda. Para António Pinto "tratou-se de um triste espectáculo que não valoriza a democracia e que nós aqui devemos repudiar".
Uma moção que mereceu o voto favorável da bancada do PSD. No entanto Bernardino Gata não poupou nas críticas aos vereadores do PS e desafiou Pedro Silva e João Esgalhado a abandonarem o executivo "o que será que leva um presidente de câmara a pedir isso; só pode ser por falhas políticas ou de relacionamento e não tenho dúvidas que se esta situação se verificasse há um ano atrás, Carlos Pinto dissolvia a câmara e convocava eleições antecipadas".
As únicas abstenções na votação vieram da bancada do PS. Para José Miguel Oliveira "este documento omite as responsabilidades da maioria no executivo em todo este processo e como tal não podemos votar a favor".
Já a bancada da CDU votou a favor do documento. Para Vítor Reis Silva "a responsabilidade dos acontecimentos é de exclusiva responsabilidade do chefe do executivo que é quem tem obrigação de criar um bom ambiente de trabalho e tudo isto se ficou a dever ao facto de não ter agendado propostas apresentadas pelos vereadores".
A apresentação desta moção motivou que o presidente da junta de freguesia de Peraboa pedisse a palavra. José Nascimento teceu duras críticas à postura seguida nesse encontro pelo autarca de Aldeia de São Francisco de Assis "que pela calada foi à minha freguesia enxovalhar o presidente da câmara".
Já o presidente da câmara da Covilhã não se mostra surpreendido com os acontecimentos que resultam de uma confusão de planos "a surpresa não é nenhuma pois, com as eleições autárquicas, faltou o ar a muita gente pelo facto de eu não me poder recandidatar; eu agendarei todos os assuntos que sejam competência do órgão e não aqueles que sejam competência do presidente da câmara".