A viola beiroa é um instrumento com 80 centímetros de comprimento e que apresenta algumas diferenças em relação a outras violas, nomeadamente ao nível da sonoridade "tem um som mais forte devido às duas cordas mais curtas o que acaba por tornar mais difícil saber tocá-la" refere Alísio Saraiva um dos formadores desta acção.
Um instrumento que foi caindo no esquecimento "devido à proliferação de novas formas de concepção musical" refere Miguel Carvalhinho, outros dos responsáveis pela formação dos oito alunos, e que faz um balanço positivo deste projecto "para além de saberem afinar, montar e interpretar esta viola beiroa houve um grande empenho por parte dos formandos e isso deixa-nos muito satisfeitos".
Também satisfeita está a coordenadora da agência da Covilhã da Fundação Inatel. Margarida Pereira acredita que "este curso vai ser um impulso forte para que a Viola Beiroa não volte a cair no esquecimento e se afirme novamente como um dos instrumentos mais procurados dentro do nosso contexto musical".
Depois desta primeira formação, o objectivo passa por dar continuidade ao projecto e já em Fevereiro abrem as inscrições para uma segunda acção de formação. Sofia Tomás, responsável da secção cultural da fundação Inatel acrescenta que a continuidade deste projecto vai ter outros objectivos associados "pretendemos criar uma plataforma on-line de divulgação de todas as pesquisas feitas sobre este instrumento e também publicar um manual e um CD dedicado às formas de afinação e interpretação da viola beiroa".