A dificuldade de acesso ao crédito foi a segunda resposta mais votada pelos cerca de 500 empresários dos distritos de Castelo Branco, Guarda e Viseu. Apesar de neste caso o constrangimento ser nacional, há uma correlação preocupante entre a primeira e a segunda resposta “que é o rating das nossas empresas que estando no interior estão debilitadas pelo pagamento de portagens, tributação nas portagens, combustíveis porque estamos mais longe dos centros de decisão, o que leva a um aumento de custos”, explica Luís Veiga.
O empresário lamenta que o secretário de estado dos transportes até hoje não tenha respondido ao pedido de reunião solicitado pelo movimento e acusa o governante de eleitoralismo “bastou uma reunião com deputados e autarcas do norte para suspender a introdução de pórticos, em vésperas de eleições autárquicas”.
Recorde-se que recentemente o secretário de estado dos transportes anunciou que o governo está a estudar um novo modelo de cobrança de portagens que passa pelo fim dos pórticos, mas para os empresários, a suspensão das portagens “é o único caminho a seguir”.
A alternativa aos pórticos, segundo avança hoje a imprensa diária, deverá entrar em vigor já em Março e pode passar pela cobrança por satélite. O ministério da economia assegura no entanto que a decisão não está tomada e que aguarda proposta das Estradas de Portugal.