Na última reunião da assembleia municipal, Vítor Reis Silva, líder da bancada da CDU, questiona a necessidade de a autarquia covilhanense aderir a este programa "temos ouvido o senhor presidente da câmara dizer que a situação financeira é estável, que tem dinheiro no banco; então porque não o utiliza para pagar estas facturas em vez de recorrer a este programa? " interroga.
Também a bancada do PS se mostra contra esta opção. Para José Miguel Oliveira "o recurso ao PAEL vai significar um agravamento de impostos para os munícipes, nomeadamente nos preços da água e no IMI e essa situação vem contrariar um conjunto de deliberações que a assembleia municipal tomou há apenas dois meses; será que durante este período passámos do céu ao inferno?".
Críticas que o presidente da câmara da Covilhã rejeita. Carlos Pinto garante que "em nenhum momento a adesão a este programa vai implicar aumentos no preço da água ou no imposto municipal sobre imóveis".Recorrendo a um documento apresentado pelos socialistas em 2009, o autarca covilhanense acusa ainda o PS de falta de coerência "quando o governo do PS criou o programa «pagar a tempo e horas» era uma iniciativa virtuosa, agora como se chama «pael» já não é; o PS e a CDU passaram os últimos anos a dizer que o apocalipse financeiro estava a chegar e passados estes anos deviam dizer uma palavra sobre isso".
Apesar das críticas de PS e CDU, a proposta acabou por ser aprovada por maioria, com 12 votos contra e uma abstenção.