Junta de freguesia de São Martinho, na Covilhã, está a funcionar apenas com um elemento, o presidente. Não há reuniões da autarquia, a junta não acata a decisão tomada na assembleia de freguesia de Setembro, de Cristina Granado substituir Álvaro Mineiro, por motivos de saúde, como vogal do executivo, o tesoureiro renunciou ao cargo em Julho, mantém-se em funções até ser substituído, e a assembleia não permite ao presidente da junta a apresentação de propostas para substituir os dois vogais.
O impasse continua e deve manter-se até final do mandato. Na sessão da assembleia de freguesia, de ontem à noite, nada de novo. Ao longo de quatro horas os argumentos de sempre, de cada uma das partes, foram esgrimidos e de concreto apenas a decisão de não votar o orçamento e plano de actividades para 2009. Em causa não estão montantes financeiros nem as obras inscritas, mas o facto de os documentos terem sido elaborados e assinados apenas pelo presidente da junta. Como não se efectuam reuniões de junta, vários membros da assembleia sublinharam a discrepância: as propostas do orçamento e plano não resultam da autarquia mas do presidente, embora este tenha esta competência delegada pelos anteriores vogais.
Os documentos devem ser novamente analisados na primeira sessão da assembleia de freguesia de 2009 ou numa reunião com carácter extraordinário que possa vir a ser marcada.