Jorge Amaro que entende que "este programa de cooperação entre os três concelhos pode configurar um primeiro passo para a extinção do município de Belmonte numa altura em que estamos a discutir a reorganização administrativa, nomeadamente ao nível das juntas de freguesia; por outro lado assinar um protocolo deste tipo a um ano da realização das próximas eleições autárquicas pode vir a condicionar a acção dos próximos executivos".
O líder da bancada da oposição acrescenta que "não posso pactuar com aquilo que pode ser a eventual integração de Belmonte num mega município da Covilhã" e considera que "a criação de equipas técnicas, que estão previstas neste protocolo, podem significar a criação de novos lugares para políticos que abandonem funções nas próximas eleições autárquicas".
Jorge Amaro crítica ainda o facto de as áreas do turismo e do apoio social serem as primeiras a fazer parte deste protocolo que, para o concelho de Belmonte, pode significar uma transferência de serviços "então nós estamos a investir na construção do lar de Caria e agora pde vir outra entidade geri-lo?" interroga.
Críticas que o presidente da autarquia de Belmonte rejeita. Amândio Melo garante que "na base desta entendimento não está nenhuma ideia de fusão de municípios e não há nada subentendido; aquilo que se pretende é criar condições para tornar a região mais forte e não juntar câmaras ou outros serviços".
Quanto às áreas que estão integradas neste protocolo, Amândio Melo refere que "o grande objectivo é aumentar a escala da região na divulgação turística e também gerir duma forma mais eficiente os equipamentos sociais; tudo o resto que o senhor vereador disse acho que não tem qualquer sentido".