Nesta reunião a assembleia municipal aprovou duas moções onde exige àCP a conclusão destes trabalhos e que abandone a ideia de efectuar a circulação no troço entre a Covilhã e Castelo Branco através de automotoras do século passado. Para Jorge Saraiva, da bancada do PSD "estas medidas só servem para afastar ainda mais os cidadãos do transporte ferroviário e nós devemos repudiar qualquer tentativa que venha a ser feita nesse sentido".
Também a bancada do PS se mostra contra esta intenção da CP. Rosália Rodrigues refere que "as alternativas de mobilidade vão ficar ainda mais reduzidas depois de concretizada a introdução de portagens na A 23 e não podemos aceitar isso".
Já o presidente da câmara da Covilhã refere que "não posso aceitar algumas ideias que já ouvi a colegas meus de esse troço ser aproveitado com fins turísticos; aquilo que nós devemos exigir é a conclusão total dos trabalhos de electrificação porque é inaceitável que as obras terminem na Covilhã e se esqueçam do troço de ligação à Guarda e consequente junção à linha da Beira Alta".
Recorde-se que a proposta de aproveitamento turístico do troço Covilhã/Guarda foi apresentada pelo presidente da câmara de Belmonte. Mas na última reunião pública do executivo Amândio Melo quis esclarecer melhor a posição que defende e garante que "serei uma das vozes que se vai bater pela conclusão dos trabalhos de electrificação até à Guarda". Para o autarca de Belmonte "penso que as minhas declarações foram mal compreendidas uma vez que o que eu defendo é que o aproveitamento turístico desse troço seja feito de forma complementar à actividade normal da circulação ferroviária"